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Rose Nery Sttau Monteiro
Uma mulher livre
Nascida em Cabo Verde, na ilha de Santo Antão, mas a residir em Portugal desde 1970, exerceu actividade como educadora infantil e advogada.
Empenhou-se em várias acções pelas causas das Mulheres e da Igualdade na Justiça: Conselheira para a Igualdade, formação ministrada pela Comissão da Condição Feminina; em 1980, em parceria com a Juíza Conselheira Helena Lopes, elaborou o dossier “A Violência Está na Lei” entregue na Assembleia da República aos representantes parlamentares dos partidos; no mesmo ano, assinou uma coluna jurídica semanal no suplemento feminino do Diário de Notícias, intitulada “A Camila e a Lei”. É autora do (reportagem inquérito) “Mulheres Portuguesas na Resistência” (Seara Nova, 1975). Em 1992, desempenhou funções como Vice-Presidente da Associação Portuguesa das Mulheres Juristas, em 1993, como Secretária para os Países Lusófonos da Fédération International dês Femmes dês Carrières Juridiques.
Preside actualmente à Associação A Quinta, projecto para efectivação de um espaço de acolhimento destinado a jovens com problemas. Tem prontos para publicação uma peça de teatro em dois actos, “Que Fazer com Esta Mulher?”, e o guião de uma telenovela, “O Sol e a Sombra.”
“O Holograma Único” é o seu primeiro romance. O Prémio Fnac/Teorema 2009 foi-lhe atribuído por um júri composto por Doris Graça Dias, Rui Zink e Carlos da Veiga Ferreira.
Maria João Martins pergunta a Rose Nery na entrevista que saiu no JL a 24 de Março sobre “O Holograma Único”:
Como nasceu este livro?
Rose Nery: nasceu de uma imagem precisa. Tinha ido a um hospital psiquiátrico visitar uma amiga internada e enquanto estava na sala de espera vi passar um grupo de mulheres com Trissomia 21. Nos claustros do edifício e com aquela iluminação, eram majestosas, muito pequenas, mas seguiam determinadas, como se as guiasse a mesma música interior. Assim nasceu o primeiro capítulo. Senti que aquelas mulheres eram uma espécie de anjos e que estavam na presença de um mistério. Foi uma experiência única. Cheguei a casa e escrevi o primeiro capítulo de um fôlego. Depois foi o busílis: como é que fazia evoluir a história?
Pela Direcção
A Presidente – Helena Benrós
A Vice- Presidente - Carlota Alves
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